segunda-feira

Com quase vinte anos, podcast começa a ter sua importância reconhecida no Brasil

 O termo podcast, cunhado na Inglaterra em 2004, serve para se referir aos programas de áudio transmitidos pela internet. Segundo a Revista RockContent, também no começo do século XXI essa forma de produzir conteúdo já estava presente no Brasil, mas, ao contrário dos outros países, sem ganhar muita atenção por parte dos grandes meios de comunicação.

Isso porque o seu emprego estava mais associado a produtoras independentes de conteúdo, como o site Série Maníacos ou o NerdCast, que abusaram do formato ainda nos primeiros anos do novo século. Quanto aos grandes conglomerados, para se ter uma ideia, apenas em 2018, a Folha de São Paulo, um dos maiores jornais do nosso país, decidiu adotar o podcast, com a inserção do “Presidente da Semana”.

A série semanal, centrada em discutir os feitos do mandato de cada um dos ocupantes do principal cargo da União, começando com Deodoro da Fonseca, o primeiro presidente da República, chegou a ter 5 milhões de acessos. A experiência com o formato deu tão certo que “Presidente da Semana” foi convertido em livro, lançado em 2019.

Os bons números revelam que o formato começa a ter reconhecimento em nosso país, o que tem animado os produtores de conteúdo. De acordo com a RockContent, a primeira pesquisa Ibope feita sobre o assunto, em 2019, revela que, em cada 100 internautas, 40% afirmaram ter ouvido podcast alguma vez na vida, enquanto 28% disseram que nunca tinham ouvido, mas sabiam do que se tratava o modelo. Já 32% dos internautas confessaram que desconheciam o que viria a ser um podcast, sem jamais terem ouvido falar do assunto.

Sobre as plataformas usadas para acessar o conteúdo, um dado curioso, segundo a mesma pesquisa: 42% disseram usar o YouTube, site especializado exatamente na exibição de vídeos, enquanto 32% recorrem ao Spotify, cuja atenção está voltada para o áudio.

terça-feira

O marketing no Instagram

 Criado em 2010, o Instagram se tornou uma rede social bastante popular, batendo a marca de um bilhão de usuários em 2018. Como se já não fosse o suficiente para justificar a sua importância, todos os dias, no mundo todo, 500 milhões de pessoas acessam as suas contas. Então, não dá para ignorar uma rede com tantos usuários ativos por dia, certo?

Por conta disso, a RockContent fez um guia bem interessante de como usar o Instagram. A primeira lição está em: quantidade é bastante diferente de qualidade. Tudo bem, o Instagram oferece uma série de possibilidades de divulgação de conteúdo, como as fotos do Feed e os stories, mas é preciso, antes de tudo, avaliar qual é o seu público-alvo e assim fazer postagens mais direcionadas. De nada adianta, então, postar várias vezes ao dia se isso não vai atingir ninguém.

Além disso, crie uma imagem para a sua marca. Seja sempre autêntico. É importante pensar: qual é o seu propósito no Instagram? É focar no seu produto? Postar vídeos? O foco é a sua equipe?

Também é importante ter definido uma periodicidade. É bastante desanimador entrar no Instagram de uma marca e constatar que a última postagem foi há dois meses. O cliente se vê oscilando entre dois pensamentos: ou a marca quebrou, para justificar a ausência de postagens, ou é muito relapsa. As duas opções não ajudam em nada os seus negócios.

segunda-feira

O TikTok como ferramenta de marketing

Baixado mais de 800 milhões vezes desde o ano passado (2019), o TikTok é um aplicativo para a produção de vídeos com o formato de 15 segundos no máximo, mas, juntos, podem atuar como uma espécie de stories do Instagram, desde que não ultrapasse um minuto de duração.

Divertido, o aplicativo tem um diferencial: filtros muito originais, que vão desde uma maquiagem bastante convincente de Cleópatra até metamorfosear o rosto do usuário no de qualquer animal doméstico, provocando alguns resultados assustadores, sem jamais deixar de render risadas.
Mas, lendo assim, parece que o TikTok funciona mais como uma ferramenta de entretenimento, sem muito espaço para outros tipos de função, certo? Errado. A revista RockContent surge com algumas alternativas para incrementar o seu negócio com a nova ferramenta de sucesso na internet.
Antes de tudo, é preciso verificar se o público do TikTok é o mesmo que a sua empresa tem interesse em focar seus esforços. Isso porque 41% dos usuários ativos têm entre 16 e 24 anos de idade, o que faz deles integrantes da geração Z, a dos nascidos depois que a internet já era parte da rotina dos brasileiros. Por isso, temos aí um público jovem bastante interessado em consumir de empresas que compartilham de sua visão de mundo, uma de suas principais características.
Para conseguir usar o TikTok como ferramenta de marketing, uma boa ideia é aproveitar os recursos originais sugeridos pela própria ferramenta, como as dublagens, sempre uma opção divertida capaz de fisgar a atenção do público de seu interesse, e também a criação de duetos, no qual a dublagem acontece em duas telas distintas, a sua e de outro usuário.
Outra boa opção é aproveitar para interagir com outras contas, uma estratégia capaz de te ajudar de duas formas. Na primeira delas, contribui na compreensão do seu público-alvo. De qual outra forma seria possível entender o que é consumido por ele se você nem sequer foi a página de um de seus integrantes ainda? Nenhum de nós tem bola de cristal.
Outro ponto positivo proporcionado por essa estratégia está na interação promovida. Quando for à página do público-alvo, procure fazer ali comentários ou curtidas, o que, como bem defende, e com razão, a RockContent, vai contribuir para reforçar a imagem de sua empresa como uma instituição que preza pelo conteúdo de qualidade, seja o seu ou do outro.

Quer forma melhor de provar que tem interesse no seu consumidor do que deixar isso expresso em um comentário? Até o Caramelo, o cachorrinho virtual de um dos filtros do TitkTok, é capaz de dar um pulo de alegria depois dessa.
Fonte: Revista RockContent

quinta-feira

O jornalismo e a essência no meio digital


Começamos a entrevista perguntando para o André Rocha como fazer para o jornalismo não perder a essência no meio digital e ele nos contou que “A essência do jornalismo é sempre a mesma, não importa o medo. O que muda é a forma de se comunicar. As redes sociais efêmeras, necessitam agilidade e impacto. Fora a capacidade de síntese.” E ainda completou: “Muda a forma não conteúdo. Mas a busca pela precisão, pela verdade, pela independência deve sempre prevalecer.”

André Rocha é muito ativo nas redes sociais, em foco no Instagram, presente nos stories, seguindo de volta, usando a interatividade da plataforma como a caixa de perguntas, enquetes e entre outras. Nossa segunda pergunta foi baseada exatamente nisso, em como ele consegue relacionar sua vida profissional com a sua vida pessoal. Ele respondeu que: “Nas redes sociais eu tento misturar as duas coisas com os devidos limites. As pessoas querem conhecer um pouco do nosso dia a dia, dos bastidores. Não uso como instrumento jornalístico, mas como uma forma de interação e até mesmo de divulgação de trabalho. Uma forma de manter as pessoas por perto. Uma forma de criar identificação com o público.” Ele finalizou falando que: “Hoje só se sobrevivi se souber a importância de estar em todas as mídias”

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Controle de danos: os mecanismos de proteção nas redes sociais


Nos dias de hoje, a instantaneidade e o alto volume de informações tomaram as redes sociais. Assim, a jornalista Carol Braga relata os mecanismos de proteção que utiliza diariamente. É preciso atenção mais do que se imagina.

Primeiro, como você jornalista se protege da exposição nas redes sociais?

“Bom, quem segue as redes do Culturadoria e me segue, vê que eu não posto nada nas minhas redes sociais e posto tudo nas redes do Culturadoria, tudo dentro do escopo do Culturadoria. Eu acho que talvez involuntariamente, é meio que uma postura. Eu não acho que tenho que ficar me posicionando na internet e aí eu não me posiciono. O meu perfil do Instagram, ele é fechado por que é um lugar só meu, onde estou com meus amigos e minha família, onde eu fico fazendo coisas fora do meu ambiente de trabalho e também tenho as redes do trabalho, é isso.”

Sobre o ambiente político polarizado nas redes sociais, você considera algo positivo ou negativo? Já foi afetada por expor opiniões que possam divergir com outros usuários?

“Eu acho negativo por que isso só revela que a nossa sociedade não está preparada para dialogar. E eu acho isso um retrocesso muito grande então toda a polarização ainda mais quando vai para um discurso de ódio mostra a falta do diálogo, a falta da escuta de ouvir o outro, de refletir e de buscar um meio termo então eu vejo isso muito negativamente. O único caso que eu tenho nas redes sociais foi inclusive na época que eu trabalhava no jornal Estado de Minas e eu fiz uma reportagem crítica sobre a campanha de popularização do teatro e quando essa reportagem saiu, as pessoas que não gostaram do que eu estava falando, foram para o Facebook, me marcaram e começaram a me agredir falando que eu estava sendo leviana com as críticas que eu estava fazendo, que eu estava fazendo comparações que não cabiam, eles tentaram levar o caso para a ouvidoria da campanha de popularização mas aí logo alguns artistas que conhecem o meu trabalho partiram em defesa. Nem nesse caso eu me posicionei firme na crítica que eu estava fazendo por que o papel do jornalista cultural é fazer esse tipo de coisa e enfim, me atacaram no Facebook e passou algum tempo, alguns anos já e tudo que eu apontei naquela matéria, os organizadores da campanha, acabaram realizando, para mudar a campanha. Então eu acho que isso é um aspecto assim também, não saber ouvir a crítica, foram para o Facebook, fizeram um estardalhaço no Facebook e depois falaram: “Não! Vamos realmente entender o que ela está dizendo.””

Na era atual, em que ser parcial nas redes sociais é comum, até onde o jornalista deve manter a sua imparcialidade e ética?

“Eu acho que o jornalista é um comunicador o que a gente faz o tempo inteiro é você tentar intermediações, interlocuções, então acho que esse é o papel que a gente tem que buscar. Não de tacar querosene no fogo, eu como jornalista não me vejo nesse lugar, de estar esquentando o debate, eu acho que o nosso papel é tentar entender as partes e fazer as partes entenderem o que está em jogo em termos de informação do que provocar o embate. Mas isso é uma posição obviamente muito pessoal.”

“A noticiabilidade ocorre ao mesmo tempo em que o fato em si está acontecendo”, afirma Deysiane Marques


Redatora chefe da Agência Salt conta como o jornalismo pode sobreviver ao atual sistema de informações

Desafios do jornalismo e os seus caminhos futuros foi a pauta abordada em entrevista a estudantes do UNIBH. Deysiane Marques, redatora chefe da Agência Salt, relatou que atualmente a atividade da profissão vem sofrendo algumas alterações e ganhando novas características, como a instantaneidade. Segundo ela, a noticiabilidade acontece junto ao fato.
Confira a entrevista:

Deysiane por que você escolheu o Jornalismo?

Eu escolhi o jornalismo porque eu sempre gostei de lidar com gente. E noticiar, sempre vai ser notícia sobre alguém, por mais que você vá falar, abordar sobre uma tecnologia, você sempre precisa analisar o impacto que isso vai gerar pra uma sociedade, então gente.  Gente sempre foi o meu foco e acho que o jornalismo ligava essa minha vontade de falar pras pessoas, me comunicar com pessoas com as qualidades natas que eu tinha.


Quais foram os desafios da carreira?

Os primeiros desafios que eu tive, acho que logo nas primeiras experiências profissionais como estagiária, a necessidade de demonstrar que você tem mais conhecimentos do que os seus colegas, pra poder se destacar, sendo que você tá no início de uma carreira né. E no jornalismo, a gente tem algo que é saber um pouco sobre muita coisa, e se aprofundar muitas vezes nos é cobrado, mas não faz parte do nosso exercício como profissão, então, é algo difícil de se alcançar. Na verdade, essa dificuldade eu tive no início da carreira de um modo mais contundente, mas ainda hoje percebo que é algo cobrado e difícil de ser desenvolvido na nossa profissão.


Qual a diferença entre o jornalismo de dez anos atrás para o de hoje?

A diferença do jornalismo de ontem para o de hoje, eu entrei na faculdade de jornalismo em 2008, a velocidade com que a informação é trabalhada hoje, percebo que, hoje é mais importante você noticiar algo que não está completamente apurado ainda, por que você precisa “dar o furo”, você precisa noticiar primeiro, você não pode deixar de falar, porque alguém já vai falar muito rápido, né. Muitas vezes, a noticiabilidade, ela é, ela ocorre ao mesmo tempo que o fato em si está acontecendo, então, sinto falta de apuração, sinto falta de ter tempo pra entender melhor o que tá acontecendo antes de passar. Por isso até, muitas vezes hoje, notícias vazias são transmitidas; de repente, você não pensa direito sobre determinado enfoque que você tá dando, porque precisa ser imediato. Um exemplo: não sei se seria mais interessante divulgar a identidade, a história, dessas pessoas autoras de massacres que temos hoje, mas não tem como. Uma vez que se sabe o fato, se sabe quem tá envolvido, você noticia com a maior velocidade possível, talvez até sem muita apuração, porque você precisa noticiar rápido; essa velocidade da informação é o que eu percebo como maior diferença, né, de uns anos pra cá.


Qual conselho você daria para os novos profissionais?

O meu conselho pra quem entra hoje no jornalismo é: ser dinâmico, se você não é dinâmico, então, é preferível que invista em outra área. Ser humilde, porque você precisa ouvir as pessoas que estão nessa caminhada a mais tempo que você; percebo muita gente hoje que, muito foca, que acha que já é maravilhoso, porque domina muito bem as mídias digitais, mas, jornalismo sempre vai exigir uma expertise, uma qualidade diferenciada para realmente sentir “cheiro de notícia” válida, importante, então, ser humilde. E a terceira é ler, ler, ler e ler, porque você precisa ter um repertório de vocabulário, por que muitas vezes, uma palavra vai representar muito melhor em determinada situação do que outra, né, você pode achar que são sinônimos, mas não, certamente haverá uma que se encaixará melhor e que será mais clara para o público que você pretende comunicar.


Quais são agora, seus planos para o futuro?

Os meus atuais planos profissionais, já estão em prática. Eu decidi que eu precisava entender melhor a língua com a qual eu trabalho, né, que é minha língua nativa, o Português brasileiro. Então, hoje eu curso letras. Outro passo, é dominar as técnicas de mídias digitais e marketing digital de modo geral, porque, hoje tudo acontece nesses meios; tudo tem que atender a mood’s de SEO e de parâmetros de ranqueamento, independente do veículo em que se está, você precisa dominar essas técnicas. É muito importante saber atender a esse novo molde, sem perder a qualidade no texto, sem perder a qualidade jornalística. Então, é muito importante que isso seja entendido, que isso seja estudado e eu tenho buscado sobre isso, pra poder construir trabalhos relevantes, seja no próprio jornalismo ou em áreas correlatas, como revisão, como redação publicitária, e é isso.


Assim, vimos que o jornalismo busca se reencontrar ao traçar esses novos caminhos para o seu futuro, adquirindo características proporcionais a esse mundo totalmente conectado em que vivemos. Porém, a instantaneidade, uma dessas características citadas pela entrevistada, deve ser bem trabalhada.
Deysiane nos explicou que a velocidade com que a informação é transmitida nos remete a um grande desafio: noticiar rapidamente um fato verídico. Essa corrida entre jornalistas e meios de comunicação para dar o furo da reportagem, em alguns casos, pode levar à propagação de notícias falsas, por isso a importância da apuração, tanto evidenciada pela redatora chefe da Salt. Além disso, outras dicas que Deysiane deixou para os universitários foi o cuidado em procurar conhecer a língua portuguesa, inovar o vocabulário e ler muito. Dessa forma, os estudantes, futuros jornalistas, terão uma boa formação e entrarão bem preparados para o mercado de trabalho. 

A Atuação do Jornalista frente às Transformações Tecnológicas


Em frente ao cartão postal Belorizontino, na Lagoa da Pampulha, nós estudantes de jornalismo do 5º período do UniBH entrevistamos a jornalista Iana Coimbra, repórter da TV Globo. Iana nos contou um pouco sobre a dissertação defendida em seu mestrado “Jornalismo na Timeline”, sobre como vê as questões de convergência de mídias e os principais desafios enfrentados pelos profissionais no cenário jornalístico atual. Continue lendo e saiba como esta entrevista pode ajudar você, estudante, a ingressar no mercado de trabalho e se adaptar a estas transformações.
Está imperdível!

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Iana Coimbra estudou Comunicação Social com ênfase em Jornalismo no Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH) e cursou MBA em Marketing na Faculdade Getúlio Vargas (FGV). Iana foi produtora e repórter da Rede Super de Televisão e trabalhou na TV Alterosa.

A repórter conta como tem percebido a adaptação dos diversos canais midiáticos em meio às transformações tecnológicas e à convergência de mídias. “O conteúdo deve ser relevante e adequado para cada plataforma, uma notícia para o impresso colocada literalmente na rede social, está deslocada, não é o formato correto para esta plataforma”, afirma a jornalista.
“Eu acredito que tudo deve caminhar junto, as organizações devem estar preparadas para este ambiente; historicamente nas redações, tanto na TV como no impresso, as pessoas nem se olhavam. Muitas coisas que são publicidade estão disfarçadas de jornalismo. As empresas devem desenvolver estratégias amplas e convergentes, e entender como as duas esferas, jornalismo e publicidade funcionam”, conta a jornalista.
Para Iana Coimbra, o que atrai leitores, consumidores, clientes e espectadores é o conteúdo de boa qualidade, seja de texto, imagem ou edição. O profissional deve estar preparado para as transformações advindas com a convergência de mídias e deve ter uma visão holística dos processos para trabalhar com estas diferentes plataformas. Para ela, este é o grande momento de se reinventar, não perdendo a objetividade e a isenção jornalística.

Você está curioso(a) para saber como essas mudanças podem refletir na sua atuação como jornalista futuramente?
Então assista à entrevista completa com a repórter Iana Coimbra sobre a atuação do jornalista frente às transformações tecnológicas, acompanhe: